Programação

Dia 03/10 - “The War You Don’t  See” (A guerra que você não vê). 
Grã- Bretanha, 97 min, 2010. 
Direção: John Pilger.
Uma investigação sobre o papel da mídia da guerra, desde 1914-1918 até a atual ofensiva estunidense no Iraque e no Afeganistão. Trata também das diferenças entre as reportagens independentes e a cobertura oficial dos grandes meios de comunicação.
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Dia 04/10 – “Why we fight” (Porque lutamos).
Grã-Bretanha, 98 min., 2005. 
Direção: Eugene Jarecki.
Produzido pela BBC londrina, este premiado documentário mostra a relação entre os interesses do complexo militar-industrial e os diversos governos dos Estados Unidos da América: a necessidade de conflitos duradouros , o papel da indústria armamentista no financiamento de campanhas, as relações com a mídia, etc.
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Dia 05/10 – Bowling for the Columbine” (Tiros em Columbine).
Estados Unidos, 120 min., 2002. 
Direção: Michael Moore.
Tomando como ponto de partida o massacre da Escola Columbine, o diretor Michael Moore demonstra, com ironia e objetividade, o culto às armas de fogo por parte da população estadunidense. Expõe, ainda, o funcionamento da indústria armamentista, a facilidade da obtenção de armas nos Estados Unidos, o papel da mídia na criação de uma “cultura do medo”, e as conseqüências disso na política externa norte-americana.
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Dia 10/10 – Wag the dog” (Mera coincidência)
Estados Unidos, 97 min., 1997. 
Direção: Barry Levinson.
O presidente dos Estados Unidos, a poucos dias da eleição, vê-se envolvido num escândalo sexual e, diante deste quadro, não vê muitas hipóteses de ser reeleito.
Assim, um dos seus assessores entra em contato com um produtor de Hollywood para que este "invente" uma guerra na Albânia, para distrair a atenção dos eleitores e favorecer a sua própria candidatura. Esta comédia, aliás com um título muito sugestivo, foi produzida na mesma época do chamado “escândalo Lewinsky” e do envolvimento estadunidense na Guerra do Kosovo.
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Dia 11/10 – “No man’s land” (Terra de Ninguém)
Bósnia-Herzogovina, Eslovênia, França, Itália, Grã-Bretanha, 98 min., 2001.
Direção: Danis Tanovic
Tendo como cenário a Guerra do Kosovo (1996 – 1999), esta comédia de humor negro apresenta uma situação inusitada vivida por um soldado bósnio e outro sérvio, explorada por uma jornalista e por um oficial da OTAN. Discute o papel da mídia e da OTAN no desenrolar do referido conflito.
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Dia 17/10 – “Defamation” (Difamação).
Israel, 91 min., 2009.
Direção: Yoav Shamir
Com muita ironia e ácida crítica, o cineasta judeu israelense analisa os interesses da indústria do antissemitismo e do Holocausto, que passou a ser uma fonte de riqueza e poder para elementos das cúpulas das comunidades judaicas espalhadas pelo mundo, sobretudo nos Estados Unidos, e da direita israelense. Com a criação de um clima falso de perseguição antissemita e tendo como justificativa o Holocausto através de vários órgãos midiáticos, tais grupos alimentam a perseguição contra as comunidades árabes, em especial a palestina, e suas políticas belicistas.
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Dia 18/10 – Our brand os crisis (A crise é o nosso negócio)
Estados Unidos, Bolívia, 87 min., 2006. 
Direção: Rachel Boynton
Documentário que analisa a campanha de Gonzalo Sánchez de Lozada à presidência da Bolívia em 2002, a partir do trabalho da empresa americana de consultoria de James Carville, famosa por conduzir Bill Clinton ao primeiro mandato na Casa Branca. Contratada para elaborar as estratégias eleitorais de Sánchez de Lozada, a empresa põe em prática técnicas agressivas de manipulação de opinião; o objetivo é melhorar a imagem de Lozada e virar o jogo na reta final das eleições.  O resultado disto foi a derrubada de Lozada por forças populares e democráticas na “guerra da água”e na “guerra do gás” nos anos posteriores.
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Dia 19/10 – “The revolution will not be televised (A revolução não será televisionada)
Irlanda, 74 min., 2003. 
Direção: Kin Bartley e Donnacha O’Briain
Este documentário revela os bastidores do golpe civil-militar contra o governo de Hugo Chávez, em abril de 2002, e a sua restituição ao cargo 48 horas depois por força da pressão popular em defesa do presidente. Com imagens e depoimentos reveladores, os cineastas demonstram o papel da mídia venezuelana e internacional na preparação de um clima propício para o golpe e sua posterior justificação, dos sindicatos patronais, de grandes corporações transnacionais e de “entidades cívicas”.
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Dia 25/10 –  Beyond Citizen Kane (Muito além do Cidadão Kane)
Grã-Bretanha, 105 min., 1993. 
Direção: Simon Hartog
Documentário que apresenta um histórico da Rede Globo de Televisão através das relações de seu fundados, Roberto Marinho, com a ditadura civil-militar brasileira e com os governos democráticos posteriores. Demonstra o papel desempenhado pelo referido órgão na manipulação das eleições para o governo do Estado do Rio de Janeiro, em 1982, e no debate final das eleições presidenciais de 1989, favorecendo o então candidato Fernando Collor de Mello, além de sua parceria com o grupo estadunidense Time Life, a tendenciosa cobertura do movimento Diretas , etc.
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Dia 26/10 – “El baile rojo: a memória dos silenciados”.
Colômbia, 56 min., 2003. 
Direção: Yezid Campos.
El baile rojo foi uma operação militar e paramilitar de genocídio organizada pelo Estado colombiano contra a Unión Patriótica (UP), um partido criado pelas FARC-EP, pelo PC colombiano e outras forças para apresentar-se às eleições dos anos seguintes. A situação de legalidade democrática da UP foi impedida pelo Estado colombiano, aliado a paramilitares narcotraficantes, como a organização ACCU e a MAS, de Pablo Escobar, resultando na morte de três candidatos presidenciais e mais de 4 mil pessoas ligadas ou não a este movimento durante os anos 1980.